A era da curadoria│Mario Sergio Cortella│CPFL Cultura





A tv, o rádio, a revista e, nos últimos 20 anos, o mundo digital “multiplicaram” a nossa professora. e, em vez de desenvolver “informatofobia”, a professora precisa entender que é preciso trazer novas ferramentas para a sala de aula.

no café filosófico cpfl especial sobre “a era da curadoria: o que importa é saber o que importa!”, o filósofo e educador mario sergio cortella afirmou que passamos o tempo todo por um “tsunami informacional” nos dias atuais.

esse tsunami, no entanto, não é sinônimo de “conhecimento”. conhecimento é o que sai com a gente ao fim da aula. a informação é cumulativa, o conhecimento é seletivo. tem gente que não navega, naufraga”, disse. “falamos da democratização da informação, mas há também a banalização da edição da informação.”

a tarefa da curadoria, definiu, é dificultar que fiquemos iludidos com o que é mera abstração. “a ideia de curador é a daquele que cuida. com a internet, perdemos a exclusividade da edição. a novidade é que a curadoria pode ser feita de outros modos. a maioria lê outras fontes além de jornais.”

segundo ele, conhecimento é algo que não se esquece. “não importa que alguém decore o que está no livro, importa que ele saiba usar o que está no livro.”

de acordo com o especialista, “aprendemos de tudo na escola, menos a estudar”. “na faculdade é que vamos aprender sobre metodologia e pesquisa.”

para transmitir este conhecimento, é preciso levar o mundo para dentro das escolas. “o que importa é o que está em nosso cotidiano. é o ponto de partida”, disse. “a matemática foi ensinada como um suplício porque não foi explicado como funcionava em nossa vida.”


embora defensa o uso da tecnologia como ferramenta para o conhecimento, cortella alertou: recursos como os emoticons, usados para expressar sentimentos em redes como o whatsapp, “são a falência da palavra escrita”. ele disse ainda que as ferramentas analógicas não perderão a importância em meio à era digital. “a mais antiga plataforma de ensino a distância é o livro. as tecnologias trouxeram outras plataformas. mas o livro não desapareceu.”


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