Peripatético






Peripatético é uma série de 5 programas de 26 minutos que em sua primeira temporada falará dos temas:  vaidade, sexo, fé, melancolia e casamento. na atração, diferentes grupos de pessoas se reúnem com o filósofo Luiz felipe pondé durante um dia em uma casa de campo. a convivência e a filosofia se combinam para buscar a compreensão da vida cotidiana de cada um em torno do tema em questão.
a série, exibida na tv cultura, foi produzida pela bossanovafilms, dirigida por marta maia e sérgio zeigler e teve o patrocínio da cpfl energia. inspirou-se na experiência de mais de 10 anos do café filosófico cpfl, programa realizado pelo instituto cpfl|cultura.
no episódio de estreia, vaidade, exibido sexta-feira, dia 4, meia-noite, pondé recebe a cineasta paula trabulsi, o cirurgião plástico ed wilson rossoe, a atriz grace gianoukas e a ex-modelo silene zepter para falar sobre o tema.  inspirado pela escola de aristóteles, que levava seus discípulos ao ar livre para pensar e compreender o mundo em que viviam, peripatético usa a filosofia como um instrumento prático para a vida, provocando o pensamento filosófico no homem comum.
a ideia do programa surgiu nos bastidores do café filosófico cpfl e dos diversos trabalhos que os diretores realizaram juntos, onde os temas da vida cotidiana geravam boas discussões com a equipe. as experiências demonstravam que as ideias mais sofisticadas da filosofia não precisam ficar protegidas atrás das cátedras, entre os muros acadêmicos. no peripatético as ideias filosóficas se debatem com casos concretos, relatos de pessoas reais escolhidas especialmente para cada tema.
sinopse dos episódios
1o episódio – vaidade
“vaidade das vaidades. tudo é vaidade.” será que esta frase do eclesiastes traduz bem a nossa época? para tratar do assunto, o peripatético convidou a cineasta paula trabulsi, o cirurgião plástico ed wilson rossoe, a atriz grace gianoukas e a ex-modelo silene zepter.  para falar de vaidade é preciso sinceridade e autocrítica. afinal, ela é a mentira que contamos sobre nós mesmos para não encararmos as nossas verdades.
2o episódio – sexo
quando sexo é o tema, nos mostramos muito esclarecidos e resolvidos. todos têm uma opinião, uma experiência pra compartilhar, nem que seja uma mentira pra contar. será que com a revolução sexual, a “conquistada” igualdade entre os sexos fez mulheres e homens mais felizes na cama? a sexóloga gina strozzi, a católica regina fasanella, estudante disposta a casar virgem, o artista plástico junior tupiná e a atriz de filmes pornô vivi fernandez foram convidados pelo programa peripatético, com luiz felipe pondé, para falar, falar e falar sobre sexo.
3o episódio – fé
falar de religião é uma forma de interrogar sobre a condição humana; é caminhar entre a fé e a razão. hoje se discute deus com palavras de ordem e frases feitas. definitivamente perdemos de vista a tradição que as grandes religiões carregam. luiz felipe pondé conversa com o teólogo ed rené kivitz, o gerente de ti ateu jaime alves, o católico praticante italo fasanella e ma dhyan bavhia, adepta da meditação.
4o episódio – melancolia
transtornos e sofrimentos psicológicos parecem se espalhar pelo ar nos nossos dias, como um vírus que contamina a vida moderna. para cada nova doença, um novo remédio. e organizações de saúde já falam em uma epidemia de depressão. o que não muda nunca é o sofrimento humano, mas em um mundo hedonista não há espaço para angústias, coisa de gente mal resolvida. por isso é preciso falar sobre melancolia. falar de melancolia é falar da dor humana e do sentido da vida. o psiquiatra marco antonio marcolin, o ator carlos meceni, a psicóloga ciça azevedo e a funcionária pública nelzi ribeiro são os convidados de luiz felipe pondé deste peripatético.
5o episódio – casamento
falar de casamento nos dias de hoje não é mais falar de uma comunhão para a vida eterna. é falar dos nossos ideais particulares de felicidade e realização; é falar de nossas carências, de nossos desejos. em tempos de relações líquidas é raro encontrar quem quer viver para o outro, fortalecer a união e muito menos abrir mão de seus planos individuais em nome da sagrada família. numa discussão em torno da vida a dois estão: nadia bucallon – advogada de família, sergio savian – terapeuta de casais, priscila stucky (solteira) e andré leite carvalhaes – empresário, casado há 30 anos com a mesma mulher.

O Veneno está na Mesa

Após impactar o Brasil mostrando as perversas consequências do uso de agrotóxicos em O Veneno está na Mesa, o diretor Sílvio Tendler apresenta no segundo filme uma nova perspectiva. O Veneno Está Na Mesa 2 atualiza e avança na abordagem do modelo agrícola nacional atual e de suas consequências para a saúde pública. O filme apresenta experiências agroecológicas empreendidas em todo o Brasil, mostrando a existência de alternativas viáveis de produção de alimentos saudáveis, que respeitam a natureza, os trabalhadores rurais e os consumidores. 

Com este documentário, vem a certeza de que o país precisar tomar um posicionamento diante do dilema que se apresenta: Em qual mundo queremos viver? O mundo envenenado do agronegócio ou da liberdade e da diversidade agroecológica?





Assista:

A era da curadoria│Mario Sergio Cortella│CPFL Cultura





A tv, o rádio, a revista e, nos últimos 20 anos, o mundo digital “multiplicaram” a nossa professora. e, em vez de desenvolver “informatofobia”, a professora precisa entender que é preciso trazer novas ferramentas para a sala de aula.

no café filosófico cpfl especial sobre “a era da curadoria: o que importa é saber o que importa!”, o filósofo e educador mario sergio cortella afirmou que passamos o tempo todo por um “tsunami informacional” nos dias atuais.

esse tsunami, no entanto, não é sinônimo de “conhecimento”. conhecimento é o que sai com a gente ao fim da aula. a informação é cumulativa, o conhecimento é seletivo. tem gente que não navega, naufraga”, disse. “falamos da democratização da informação, mas há também a banalização da edição da informação.”

a tarefa da curadoria, definiu, é dificultar que fiquemos iludidos com o que é mera abstração. “a ideia de curador é a daquele que cuida. com a internet, perdemos a exclusividade da edição. a novidade é que a curadoria pode ser feita de outros modos. a maioria lê outras fontes além de jornais.”

segundo ele, conhecimento é algo que não se esquece. “não importa que alguém decore o que está no livro, importa que ele saiba usar o que está no livro.”

de acordo com o especialista, “aprendemos de tudo na escola, menos a estudar”. “na faculdade é que vamos aprender sobre metodologia e pesquisa.”

para transmitir este conhecimento, é preciso levar o mundo para dentro das escolas. “o que importa é o que está em nosso cotidiano. é o ponto de partida”, disse. “a matemática foi ensinada como um suplício porque não foi explicado como funcionava em nossa vida.”


embora defensa o uso da tecnologia como ferramenta para o conhecimento, cortella alertou: recursos como os emoticons, usados para expressar sentimentos em redes como o whatsapp, “são a falência da palavra escrita”. ele disse ainda que as ferramentas analógicas não perderão a importância em meio à era digital. “a mais antiga plataforma de ensino a distância é o livro. as tecnologias trouxeram outras plataformas. mas o livro não desapareceu.”